Depois dos planos para o add-on Super Nintendo CD serem abandonados completamente, a Phillips e Nintendo chegaram a um acordo amigável para utilizar personagens da Nintendo no novo console da Phillips, o CD-i. A Nintendo provavelmente sentia que o CD-i não era uma ameaça real à sua participação no mercado, mas no acordo não haviam garantias da qualidade dos jogos, e os resultados foram tão ruins quanto qualquer um poderia ter temido.
A Phillips contratou duas desenvolvedoras para trabalhar na franquia Zelda:
Anination Magic
Com sede em Massachusetts, a Anination Magic recebeu 1,2 milhões de dólares para desenvolver dois jogos Zelda, utilizando a mesma engine e jogabilidade. Eles decidiram, contra todo o senso comum, retornar ao jogo side-scrolling no estilo de Zelda II. Eles também trouxeram uma equipe de animadores da Rússia para trabalhar em cerca de 10 minutos de cenas animadas para cada jogo.
Para seu crédito, eles conseguiram criar um side-scroller com fundos pintados à mão e tela com rolagem, coisas que não são fáceis de fazer em um hardware mal projetado como o CD-i . Os controles eram extremamente ruins - pressionar para cima para pular já seria estranho, mesmo sem o famigerado CD-i remote. Além disso, os produtores não pareciam estar familiarizados com os pontos mais sutis do mundo de Zelda, e os dois jogos resultante, Faces of Evil e Wand of Gamelon, foram algo como elaborado fan games cheios de falhas.
Viridis
A situação da Animation Magic foi muito favorável se comparada com a da Viridis. Seu jogo, Zelda's Adventure, tinha um orçamento escasso, e foi atormentado por problemas infernais ao longo do seu desenvolvimento. A Viridis nem sequer teve dinheiro para um estúdio, e sua sede era do tamanho de uma sala de estar média. Para fotografar os personagens de cima para baixo, perspectiva necessária para o jogo, eles tinham de montar espelhos no teto e fotografar do chão. Para os ambientes, eles usaram fotos tiradas ao redor de Los Angeles e várias fotos das férias dos funcionários.Zelda's Adventure nunca teve a chance de ser um bom jogo. Foi uma confusão de fotos e arte elaborada, marcada por tempos de carregamento entre cada tela que faziam o título original de NES parecer uma maravilha técnica.
Todos os três Zeldas CD-i são itens de colecionador, mais por curiosidade do que qualquer coisa que realmente possa se achar de divertido. Se o CD-i tivesse sido uma plataforma mais bem sucedida, estes jogos poderiam ter ferido gravemente a série, mas a Nintendo estava certa ao apostar que esses jogos ficariam esquecidos, e até hoje, ela não reconhece a sua existência como parte da série .
O Jogos para Sattelaview
A Nintendo deixou a série adormecida por muito tempo, mas quando lançou seu serviço de jogos para download, o Sattelaview, eles decidiram lançar seus próprios jogos obscuros da série lendária. O primeiro foi um jogo baseado em assinatura, que permitia que as crianças jogassem aventuras diárias, enquanto uma voz estranha dava dicas para elas. O jogo utilizava na maior parte, gráficos reciclados de A Link to the Past, e um personagem que de alguma forma foi transportado de nosso mundo para Hyrule em vez de Link.
Nessa época, eles também lançaram um remake de 16 bits do Zelda original. É geralmente considerado um excelente remake, mas como todos os jogos Sattelaview, continua a ser relativamente desconhecido.
Fonte: IGN (inglês)
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