domingo, 6 de março de 2011

TimeLine Survival Horror: Parte IV - Resident Evil 1


Alone in the Dark foi um sucesso grande demais para ser ignorado pelas outras produtoras. Foi sucesso na América e Europa, e isso o fez chegar ao Japão, com ports para o computador FM TOWNS e 3DO. Foi lá que ele inspirou a nova geração de survival horrors. Shinji Mikami da Capcom, assim como Frederick Raynal, foi motivado pelas novas tecnologias e quis trabalhar naquele tipo de jogo que não era possível alguns anos antes. Alone in the Dark parecia o primeiro passo perfeito, e Mikami queria ver como ele poderia fazer avançar nesta nova formula. Em 1994, ele começou a trabalhar em um projeto chamado Resident Evil (Biohazard no Japão), com a direção e script do jogo feitos por ele mesmo.

Quando perguntado sobre suas inspirações, Mikami sempre cita Sweet Home - um jogo convenientemente feitos pela Capcom. Por esta razão, Sweet Home é muitas vezes considerado o pioneiro do gênero, Mas a influência de Alone in the Dark é muito mais evidente. Mesmo antes do lançamento de Resident Evil, as comparações eram freqüentes.
 Sweet Home (NES)

 "Eu queria criar um jogo realmente assustador,"disse Mikami em uma entrevista para a EGM em 1996 "sem fantasmas ou coisas do tipo, mas monstros de verdade, que você pode atacar diretamente." Quando questionado especificamente como o seu jogo seria diferente de Alone in the Dark, ele simplesmente comentou: "Os gráficos são ótimos".

Ainda assim, a visão de Mikami não era exatamente a mesma de seu antecessor. Seu interesse não era tanto no horror psicológico, mas em uma espécie, visceral sangrenta de terror. Seus monstros eram violentos e mutilados, assim como os clássicos filmes de monstros e zumbis do cinema. Filmes como Alien, Tubarão, e a Noite dos Mortos Vivos foram fontes de inspiração.

Mikami compreendeu o que fez a fórmula do primeiro Alone in the Dark funcionar melhor do que as equipes da Infogrames que trabalharam em suas continuações. Apesar das óbvias influências cinematográficas, ele descobriu formas únicas de fazer a interatividade assustar o jogador, e não fez apenas cenas de terror não-interativas. "Eu estava trabalhando num tipo de terror que não é possível em um filme", explicou. Isso significava dar aos jogadores a decisão de fugir ou enfrentar os monstros. As habilidades dos personagens principais eram limitadas ao máximo para aumentar a pressão. Este não era um jogo de ação. O combate servia a um propósito e deveria ser usado com parcimônia para não perder o seu efeito dramático.

Como um dos jogos de estréia do 32 bits, Resident Evil Foi um dos jogos mais ambiciosos e caros que a Capcom já tinha feito, e era diferente de tudo que Mikami já havia trabalhado anteriormente. A combinação de cenários detalhadíssimos pré-renderizados e personagens 3D muito bem feitos, enfatizavam o poder gráfico do novo sistema da Sony, além disso, o armazenamento em massa da mídia CD-ROM permitia cenas em FMV, efeitos sonoros e músicas de muita qualidade. Em um tempo em que muitos desenvolvedores ainda não sabiam como usar essas novas ferramentas, foi algo que simplesmente não poderia ter sido feito na geração de consoles anterior.
                                                                                                                          Nooo, don't go                          

Resident Evil foi um grande sucesso. Ele vendeu mais de 2,7 milhões de cópias, e mais tarde foi portado para uma variedade de plataformas diferentes (incluindo o concorrente Saturn), o seu tempo de exclusividade provou ser uma grande bênção para a Sony. Durante um tempo, quando o desfecho da guerra do console ainda era muito incerto, Resident Evil fez pender a balança a favor da Sony, e selou sua liderança nesta geração.

Uma das contribuições mais sutis e importantes feitas pela Capcom foi o termo "survival horror", em si. No Japão, é realmente uma prática muito comum cunhar um novo gênero de jogo como um termo de marketing, lá, Phoenix Wright é chamado de um "Courtroom Battle", e Tales of Symphonia é comercializado como um "To Resonate With You RPG". O gênero que Resident Evil pertencia ainda precisava nome, e o termo pegou. Os nomes dos gênero são quase sempre inventado pelos fãs ou a mídia, mas o marketing da Capcom já respondia a questão, antes que alguém perguntasse. Foi uma coisa boa, uma vez que o survival horror estava prestes a se tornar maior do que qualquer um poderia ter imaginado.


Fonte: IGN (inglês)

Na próxima semana falarei dos grandes clássicos do terror da geração 32/64 bits.

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12 comentários:

  1. Uma das melhores franquias no seguimento mas que com o tempo se tornou mais um game de ação, do que de survival horror.

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  2. gosto do resident 4 .. gosto do 5 .. mas pra quem jogou os primeiros sabe que a franquia tomou outro rumo .. enfim .. só quem teve o play 1 e jogou esse game sabe do q estou falando :D

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  3. Gosto muito de Resident Evil, mas eu acho que com o passar do tempo, o pessoal foi fazendo tanta merda com a história... A jogabilidade do 4 é muuuuito boa, mas sinceramente, pra q q colocam zumbis "meio" inteligentes? Fugiu demais ao enredo original, é uma pena... :/

    SEGUEAE: @mariicake

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  4. Se misturasse a jogabilidade do RE5 com a historia do 1 ia ser o melhor jogo de survival terror

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  5. Haha eu tenho essew jogo ainda as vezes jogo no emulador vc poderia tbm falar de um jogo chamado DUKE NUKEM ele e da hr tbm so q e de acao / tiro

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  6. Eu quero os Zumbis de volta caralho!!

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  7. Resident evil realmente nas 2 primeiras gerações foi o melhor game de survival. no nos proximos jogos ou sequencia perdeu o foco, realment como o colega falou mais acima, só quem jogou mesmo no PS1 para saber a enorme deferença que houve entre os 2 primeiros e o 3 ao 5. sem comparações.

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  8. Quase chorei ao ler as besteiras dos comentários. Oh God.

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  9. ai povo bonito esquenta n esse novo modelo de RE acabou no 5 Resident Evil vai voltar as origens
    e vai ser no brasil com os personagens do RE1
    protagonista vai ser o Barry Borton

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  10. Muito bom, geralmente não gosto de ler posts tão extensos na net, mas estou abrindo uma excessão e me agrado muito com isso. Parabéns pelo post.

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  11. muito melhor que os novos resident evil. pois o jogador ficava tenso ao jogar e sabia que só tinha uma unica "vida" voce ficava na pele do personagem,agora é muito mais ação do que terror com armas que de destruiçao mais eficientes.era bem melhor esta numa mata com uma pistola e muita coragem pra enfrentar o desconhecido.

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  12. Resident Evil foi bom por conter um otimo enredo , um bom desfecho , cenario bem feito com muita criatividade , otimos graficos , trilha sonora perfeita , puzzles etc... era um jogo que misturava terror , ação , QI para desvendar os puzzles alem de uma bela historia em meio a tudo isso , com graficos excelentes e uma trilha sonora perfeita... hoje é só um joguinho de açao... se misturassem a tecnologia de hoje com a criatividade e qualidade dos primeiros 3 jogos da serie , os classicos , teriamos o melhor de 2 mundos , mas para isso teriamos de contar com os mesmos genios que desenvolveram os 3 primeiros da serie , pois se jogar o re remake vai ver que o 1 mesmo com graficos piores , consegue ser bem melhor , digo isso por causa da jogabilidade , trilha sonora melhor , muito melhor e alem disso os dialogos do re1 sao bem mais convincentes que do remake... isso sao fatos. aguardo algum dia jogar algo como na epoca em que joguei pela primeira vez atari uma coisa que chamava a atençao , depois no nes o mario 3 , que foi um oohh , dpois vieram mortal kombat 2 e top gear, ou sunset riders que foram um ohh no mundo 16 bits seguidos por donkey kong , depois no mundo 32 bits jogos como resident evil e tomb raider e driver , excelentes jogos , naquela epoca alguns fabricantes se preocupavam com o enredo , com os personagens e a trilha sonora , seguida pelos graficos , hoje , se preocupam apenas com os graficos , raros jogos como call of duty surpreendem , aguardo um game que me surpreenda novamente...

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