Tudo parecia ir bem com o Dreamcast em 1999, mas as coisas estavam mudado na SEGA. Hayao Nakayama (Presidente da Sega) tinha voltado a se concentrar em jogos de arcade, enquanto o vice-presidente Shoichiro Irimajiri assumiu o controle. Logo depois, Nakayama deixou a empresa para perseguir outras oportunidades de negócios. Durante as mudanças, Isao Okawa, presidente da CSK (conglomerado dono da Sega), assumiu um papel mais ativo nos negócios da empresa, eventualmente, reivindicando o título de CEO para si próprio.
Sem a liderança de Nakayama, os altos executivos da SEGA perderam a confiança no Dreamcast como um objetivo a longo prazo. Bernard Stolar (CEO da Sega of America na época), que não ficou feliz com as idéias de Okawa para a empresa, foi demitido logo após o lançamento do Dreamcast e substituído por seu chefe de marketing, Peter Moore.
Mas, enquanto a sega passava pelas suas reestruturações internas, a concorrência estava se formando no horizonte. Além da Sony e da Nintendo, que já eram esperadas, a Microsoft, resolveu partir para um console próprio, após ter tentado um acordo com a Sega para disponibilizar o Windows CE no Dreamcast, acordo esse, que se tivesse virado realidade, poderia ter mudado a história daquela geração.
Buscando renovação, em 2000 a Sega decidiu reestruturar suas equipes de desenvolvimento transformando-as em estúdios semi-autônomos com maior liberdade individual. Esse foi um dos períodos mais criativos da história da empresa. Jogos como Crazy Taxi e Jet Grind Radio são lembrados até hoje como exemplos únicos de criatividade.
Mas, tudo mudaria com o lançamento do PlayStation 2, sua capacidade de reprodução de DVD, além de seus jogos exclusivos foram um golpe terrível para o Dreamcast. Com mais dois concorrentes a caminho, a situação foi se complicando rapidamente. O Dreamcast reduziu seu preço para US $ 99, resultando em um impulso saudável nas vendas, mas nada poderia ser feito para segurar a queda da empresa, que perdia muito mais dinheiro do que ganhava com seu console e jogos.
No início de 2001, a SEGA admitiu a derrota. Após 18 anos no negócio de console e apenas alguns poucos anos de sucesso financeiro real, a empresa abandonou o mercado de hardware. A produção do Dreamcast foi interrompida em março de 2001, e as últimas unidades chegaram a ser vendidas a 50 dólares antes de desaparecer das lojas. Vários jogos de third-parties, que já estavam em produção, foram lançados nos EUA até primeiro semestre de 2002, outros jogos simplesmente foram cancelados ou levados para outras plataformas.
Porém, o último console da Sega manteve uma grande base de fans, e sua relação com a placa de arcade NAOMI garantiu mais alguns ports de arcades japoneses anos após o último Dreamcast ter sido vendido. Alguns desses jogos, como Border Down, TriZeal, e Under Defeat permanecem cobiçados itens de colecionador.
Border Down e Under Defeat |
Fim da parte 10. Semana que vem chegamos ao último episódio da TimeLine Sega, onde será falada da vida da empresa após abandonar o mercado dos consoles.
Fonte: IGN (inglês)
Para acompanhar a próxima parte da matéria, é só seguir nosso Twitter, o @NeoGamerbr.
materia 1.000
ResponderExcluirno aguardo da ultima parte
parabens pelo trabalho
Ótima matéria, como sempre.
ResponderExcluirMas ué, sempre li notícias das revistas na época que o sistema de desenvolvimento do Dreamcast era baseado no Windows CE. Isso nunca foi verdade então?
@Júlio, existem jogos baseados eu um kit de desenvolvimento que a microsoft fez baseado no Windows CE/Direct X, o acordo que não foi feito foi o de usar o Windows como sistema operacional do console.
ResponderExcluir^^ Foi meu primeiro meio de acesso a internet, o dreamcast tinha o PlanetWeb mais usava + o japones que não me recordo, mais tinha o ch@b talk, Mirc e tudo huauahahu era da hora
ResponderExcluirEssa materia ta exelente. Ansioso pela proxima parte!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu joguei o Jet Set Radio no emulador e percebi que não tenho nenhum jogo de ps2 tão bom quanto esse .-.
ResponderExcluir