domingo, 3 de julho de 2011

TimeLine Sega: Parte XI - A vida depois do hardware


Quando abandonou o mercado de hardware, a Sega ainda era uma empresa produtiva e muito criativa em seus jogos. Parecia que eles estavam em uma posição perfeita para começar uma nova vida como uma desenvolvedora / distribuidora. Mas, nem todos acreditavam nisso. Quando ela veio a público com seu anúncio, a EA comparou a mudança dizendo que era a mesma coisa que a General Motors tentasse fazer BMWs.

O recomeço da Sega era promissor. Eles aproveitaram a chegada do GameCube e lançaram Super Monkey Ball, que foi um grande sucesso. O Xbox recebeu jogos aclamados pela crítica, como GunValkyrie e Jet Set Radio Future, e para completar a lista de grandes jogos, ela lançou Virtua Fighter 4 no PS2.
Super Monkey Ball, Jet Set Radio Future e Virtua Fighter 4
Isao Okawa, presidente da CSK (conglomerado que financiava a Sega desde 1984), foi o maior apoiador e investiu pesado para que a Sega sobrevivesse durante sua crise, mas o conselho de diretores da CSK tinha pouco interesse em financiar uma empresa que só produzia jogos. Em fevereiro de 2003, começaram a surgir rumores de que a Sega estaria buscando a fusão com a fabricante de pachinko Sammy para garantir o seu futuro. Poucos meses depois, a Namco surgiu como outra candidata, seguida pela Bandai, e mais tarde pela Microsoft. Tudo isso mostrava que a Sega estava em situação financeira ruim.

Desbancando todos os outros concorrentes, a Sammy simplesmente comprou a parte da Sega que pertencia a CSK, iniciando uma aquisição corporativa da empresa. Para a Sammy, que já se aventurava na produção de jogos, ser dona de um dos maiores nomes da indústria era um ótimo negócio. 

Eles não se preocuparam, no entanto, em cuidar dos talentos criativos da Sega. Eles re-consolidaram os estúdios em divisões internas, sem uma marca individual. Vários bons talentos da empresa foram perdidos no processo, incluindo Tetsuya Mizuguchi, que viria a fundar posteriormente a Q Entertainment. Outros deixariam a empresa por conta própria nos próximos anos, incluindo o líder do Sonic Team, Yuji Naka.

Desde a aquisição Sammy, o fluxo de jogos internamente desenvolvidos pela Sega foi reduzido a uma pequena fração do que era antes. O negócio de arcade também foi severamente afetado, além disso foram entregues na mão de desenvolvedores ocidentais grandes franquias da empresa. Algumas lendas da indústria ainda trabalham lá, mas muito poucos estão realmente fazendo o que sabem fazer tão bem. Ocasionalmente, surgem projetos que mostram o potencial da empresa, como a série Yakuza.

Recentemente a empresa tem tido um certo sucesso ao distribuir jogos de outras produtoras, como a Platinum Games, produtora de Bayonetta. Ela também tem conseguido acertar com suas próprias franquias, como a elogiada demo de Sonic Generations, que será lançado ainda em 2011.

De qualquer maneira, sabemos que a Sega nunca mais será a mesma, ela foi uma das desenvolvedoras mais ativas, criativas e produtivas que a indústria já conheceu, que presenteou o mundo com alguns dos melhores games já criados, e nada que possa acontecer no futuro vai mudar isso.

Fim da TimeLine Sega.
Fonte: IGN (inglês)

4 comentários:

  1. Dpois de ler toda a time line fiquei triste de ver como erros por orgulho e mera estupidez fizeram com que a SEGA nunca tenha atingido o seu potencial. Sempre fui e ainda sou um seguista, ainda sonho com o retorno triunfal ao desenvolvimento de hardware, mas sei que isso é um delírio de fã.
    Parebéns a equipe da Neogamer pela série.
    Espero que um dia uma alguém faça com que a Sega retome o rumo e nós possamos voltar a nos divertir com os grandes jogos da empresa.

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  2. olá sou do blog planeta snes vim aqui para fazer um pedido de parceria ja dicionei seu banner
    http://planeta-snes.blogspot.com
    eaew vai aceitar ou nao?

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  3. Meus parabéns a equipe da Neogamer pela excelente e triste série.
    Erros todas as empresas já cometeram um dia, e muitas já pagaram caro pelo orgulho também. Ainda espero o dia que a SEGA caia nas mãos de pessoas realmente competentes que dêem um novo rumo a empresa e resgatem a sua glória do passado. Mas ao que parece, a SAMMY (que raios de empresa é essa, nunca tinha ouvido falar) jogou a última pá terra, acabou com o pouco de bom que tinha sobrado. E o pior, até pra fazer jogos a SEGA nem lembra o que já foi um dia.
    E agora fica a pergunta, quem será a próxima?

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  4. Tanta luta pra acabar sendo ridicularizada até mesmo pelos fanboys das grandes empresas.
    Ser Seguista é ser mto hardcore pra defender uma empresa que já perdeu varias lutas.Ainda bem que eu não sou Seguista,mas a SEGA marcou minha vida como gamer sim senhor!Sonic,Golden axe e mtos outros dos 16 bits.Bayonnetta,sonic generations e outros(q nem me lembro agr.)São mto bons tbm.

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