Em 1982, a Konami contratou o jovem de 21 anos Yoshiki Okamoto, como artista gráfico da empresa, apesar do fato dele não gostar de videogames. Dois anos depois, ele recebeu ordens para criar um jogo de corrida, mas em vez disso, criou os clássicos shooters Time Pilot e Gyruss.... e, em seguida, pediu um aumento. Ele foi demitido no dia seguinte.
Time Pilot e Gyruss |
Juntamente com os mega sucessos de Tokuro Fujiwara Commando e Ghosts 'n Goblins, 1942 ajudou a por a Capcom no mapa, e marcou a entrada da empresa no mercado americano. O próximo passo seria Okamoto ultrapassar seus antigos empregadores.
A Data East havia lançado Karate Champ, um jogo de luta bem básico em 1984. A Konami respondeu com Yie-Ar Kung Fu, que trazia lutadores de diferentes artes marciais que lutavam até a barra de vida de um deles acabar.
A Capcom queria o seu próprio jogo de luta, que combinasse os melhores elementos de Karate Champ e Yie-Ar Kung Fu e fosse muito mais além. Okamoto colocou Takashi Nishiyama como diretor e Hiroshi Matsumoto como designer do projeto. Para criar os personagens, ele chamou o recém contratado designer gráfico de 22 anos Keiji Inafune.
Street Fighter chegou aos arcades em 1987.
Esteticamente, Nishiyama e Matsumoto não desviaram muito do que era Ye-Ar, enquanto Inafune se inspirou fortemente no mangá e anime dos anos 70 Karate Baka Ichidai para criar o design de seus personagens. Os jogadores controlavam Ryu, um mestre de karate shotokan ruivo, de quimono branco e sapatilhas vermelhas. A barra de vida era idêntica a de Ye-Ar, e ele também trazia lutadores de vários estilos espalhados pelo mundo. Dentre os 10 oponentes, estavam o ninja Geki, o britânico Eagle, o chinês Gen, o punk Birdie, o clone de Mike Tyson Mike, e os mestres tailandeses Adon e Sagat.
Artworks originais desenhadas por Keiji Inafune |
O que diferenciava Street Fighter dos concorrente, era a execução.
Os gráficos estavam anos-luz a frente dos de Ye-Ar Kung Fu. O jogador podia escolher em que país iria primeiro para enfrentar combates de melhor-de-três, e uma voz muito mal digitalizada declarava no final sua vitória ou derrota. Também haviam os poderosos golpes especiais. Executar um Hadouken, Shoryuken ou Tatsumaki Senpukyaku drenava grande parte da vida dos oponentes. E a qualquer momento, um segundo jogador podia entrar no jogo como Ken, amigo americano de Ryu, para um duelo contra o Player 1. Se o desafiante ganhasse, ele continuava o jogo, como Ken.
Apesar das inovações, Street Fighter teve apenas um sucesso moderado no Japão. Ele se tornou muito mais popular só quando chegou ao ocidente, o que fez com que a Capcom USA logo encomendasse uma sequência.
Funamizu e o designer de personagens Akira Yasuda começaram a trabalhar em Street Fighter '89, um beat 'em up fortemente inspirado em Double Dragon. Como obviamente perceberam que ele fugia muito da ideia original, resolveram mudar seu nome e lançá-lo como Final Fight, criando assim mais uma série de sucesso.
Primeira propaganda de Final Fight, quando ele ainda se chamava Street Fighter '89 |
Enquanto isso Tokuro Fujiwara desenvolveu outro projeto, e o lançou para NES como Street Fighter 2010: The Final Fight, que trazia um Ken biônico em um platformer genérico inspirado em Mega Man. Esse é o jogo mais obscuro a levar o nome da franquia.
Mas, o que todos realmente queriam era uma verdadeira sequência de Street Fighter, e era Okamoto que precisaria fazê-la.
Fim da parte 1.
Fonte: IGN
WTF esse SF 2010!! Hahahaha. Só pegaram o nome mesmo.
ResponderExcluirTimeline muito interessante. Aguardando o Round 2.
Ficou meio corrido esse texto... mas curti muito! esse SF 2010 é uma bizarrice e um achado mesmo hehehe
ResponderExcluircurti bastante tbm as referências dos jogos que inspiraram!
parabéns e valeu pelo post