domingo, 12 de fevereiro de 2012

TimeLine Street Fighter - Parte 7: Os Crossovers


Texto traduzido pelo Mangekyou54 do Nerd, Uai!.

Em 1995, a Capcom tinha lançado dois jogos de luta baseados nos super-heróis mais famosos da Marvel Comics: X-Men: Children of the Atom e o mais amplo Marvel Super Heroes. Em 1996, ela combinou as franquias, criando X-Men Vs. Street Fighter.


Em 1997, a sequência aumentou ainda mais a variedade de personagens, com Marvel Super Heroes Vs. Street Fighter. Nas histórias não-cânon cheias de nerdice, Ryu podia duelar com Ciclope, Homem-Aranha ia aos ares com Ken, Dhalsim e Capitão América criavam um incidente internacional, Chun-Li se tornava membra honorária dos X-Men e Zangief e Colossus defendiam a Mãe-Rússia lado a lado.

Em 1998, Marvel Vs. Capcom: Clash of the Super Heroes e em 2000, Marvel Vs. Capcom 2: New Age of Heroes expandiram a variedade ainda mais, incluindo Darkstalkers, Mega Man, alguns personagens aleatórios da Capcom e uma pequena variedade de originais.

As mecânicas de luta, quase sempre baseadas em batalhas em times, dividiram os jogadores em termos de popularidade, mas usar Dan Hibiki para surrar o Incrível Hulk tinha um apelo sem fim. Claramente era esse o caminho a seguir.

Uma nova inspiração veio quando a revista japonesa Arcadia trouxe como matéria de capa uma comparação de Street Fighter Alpha 3 Vs. The King of Fighters '98. Muitos erroneamente pensaram que esse era o título de um novo jogo, ao invés de uma comparação. Uma grande reação dos fãs estimulou as rivais de longa data SNK e Capcom a assinar um acordo para fazer jogos de luta em crossover, para serem produzidos independentemente por ambas as companhias.

A SNK, já com sérios problemas devido à redução de verbas imposta pela sua nova dona, a fabricante de máquinas de pachinko Aruze, se concentrou em títulos para incrementar o seu sistema portátil, o Neo Geo Pocket. SNK Vs. Capcom: The Match of the Millenium foi o primeiro produto do acordo entre Capcom e SNK, desenvolvido em 1999 pela Dimps, uma empresa fundada pelos criadores originais de Street Fighter, Takashi Nishiyama e Hiroshi Matsumoto. Uma série de jogos de carta de pouca repercussão o seguiu.

Os esforços da Capcom foram muito mais produtivos, mas os termos do acordo mandaram todos os lucros para as suas próprias mãos. A SNK se retirou do mercado americano em 2000, o mesmo ano em que Capcom Vs. SNK: Millenium Fight (o jogo com a propaganda da Kaiser) foi lançado. Alguns meses depois que Capcom Vs. SNK 2: Mark of the Millenium chegou aos arcades em 2001, a SNK declarou falência.

E aí Street Fighter ficou quieto outra vez. Conversões para o mercado caseiro ainda apareciam com frequência, mas nenhum novo jogo aguardava no horizonte. Um novo jogo de luta 3D, Capcom Fighting All Stars, foi abandonado depois de um teste desastroso em 2003 (mais detalhes nesse post). A re-estruturada SNK Playmore lançou SNK Vs. Capcom: SVC Chaos em julho do mesmo ano, mas usando o esquema de controle de The King of Fighters. Curiosamente, Dan apareceu como um sub-chefe, e Red Arremer de Ghosts 'n Goblins apareceu como um chefe secreto.

Era o fim de uma era. Depois de 17 anos e muita inspiração, Noritaka Funamizu e Yoshiki Okamoto, os últimos membros da equipe original de Street Fighter II ainda na Capcom, decidiram que estava na hora de seguir em frente. Ambos entregaram suas cartas de resignação alguns meses depois, Funamizu para abrir a Craft and Meister (produzindo vários jogos de Dragon Ball Z) e Okamoto para fundar a Game Republic (que fez Folkore e Genji: Days of the Blade). O último jogo lançado sob o reinado de Okamoto foi Capcom Fighting Evolution, em 2004, e ele foi universalmente odiado de imediato devido ao elenco pobre (quatro personagens de SFII, quatro de Alpha e quatro do III), animações fracas e jogabilidade dura.

Fighting Evolution também foi o jogo em que um compositor e designer de som de longa data na casa estreou como produtor. Seu nome era Yoshinori Ono.

Fim da Parte 7.
Fonte: IGN (inglês)

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