quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A verdade por trás dos jogos "pervertidos" japoneses


Nunca foi um grande fã da cultura japonesa, na infância gostei de coisas como Pokémon e Dragon Ball, sem ligar muito pra de onde elas vinham. Na adolescência cheguei a curtir coisas como Gantz, mais pela violência do que pela narrativa em si. Com o tempo, comecei a perceber que havia algo que me incomodava cada vez mais nesse tipo de conteúdo, e cheguei na idade adulta desprezando uma pequena parte e ignorando a maioria dessas obras, excluindo clássicos como Akira e jogos mais ocidentalizados, como Resident Evil. Hoje prefiro obras de ficção mais sóbrias, como a série Game of Thrones ou um humor mais crítico, como o de South Park.

Devido a todas essas minhas convicções e algumas perguntas que me faço sobre esse tema, um recente texto escrito por Jeremy Parish para o site 1UP, que toca em uma parte ainda mais polêmica desse assunto, os jogos "pervertidos", chamou muito a minha atenção. Com a ajuda do colaborador Henrique (que teve muito trabalho para traduzir um texto tão grande), trago ao blog esse texto que tenta desvendar um pouco do que está por trás da cultura de jogos pervertidos do Japão.

Texto traduzido pelo Colaborador Henrique

A verdade por trás dos jogos "pervertidos" japoneses

Alguns anos atras, os blogs e fóruns de games bombaram com o escândalo da notícia de um jogo japonês chamado Rapelay. O jogo é exatamente o que se espera do nome: um adventure/visual novel em que o jogador assume o papel de um estuprador em série, atacando famílias de mulheres (e garotas) caracterizadas em estilo animê, de senhoras peitudas a pré-adolescentes choronas. A resposta geral no ocidente, como não deixaria de ser, alternou entre gozação e ódio puro. Mas entre os dois extremos, uma reação em comum: Ah, o Japão!

“Os japoneses são doidos! Vocês conhecem um cara casado com sua namorada virtual? O Japão é cheio de pervertidos solitários! Vocês viram as fotos do homen que saltou de paraquedas com seu travesseiro que tinha um desenho em estilo anime de uma garota estampado? O Japão é tão estranho! Vocês sabiam que você pode comprar calcinhas usadas de colegiais em máquinas por lá? Ah, o Japão!”

O fenômeno Rapelay ultimamente se encaixa em mais um outro ponto de vista no crescente fascínio ocidental pela cultura japonesa - uma relação de fascínio e perplexidade. Desde que o Comodoro Perry chegou ao porto de Nagasaki até os dias de hoje, o mundo ocidental nunca soube exatamente qual é a do Japão. Nossa incerteza se manifesta de maneiras inofensivas (como a febre ninja dos anos 80), mas muitas vezes com demonstrações de perversão.

3rd Birthday, Square-Enix
Isso começou a se tornar realidade entre os gamers na década passada. Uma comunidade desenvolvedora de jogos japonesa se viu lutando para sobreviver dos avanços feitos pelos estúdios americanos e europeus. Os jogadores ocidentais pareciam desprezar cada vez mais e começaram a fugir das franquias e jogos plataformas que eles tanto adoravam. Com os crescentes custos e complexidade para criação para o mercado internacional, muitos estúdios japoneses, geralmente pequenas companhias que sobreviviam de pequenas margens de lucros, decidiram partir para a produção exclusiva para o mercado japonês.

Infelizmente, isso só fez aumentar o senso de estranheza que os estrangeiros tinham ao olhar para seus produtos. O descaso com os games japoneses aumentou ainda mais. Pior que isso, o mercado japonês quebrou por mais de uma década, devido a vários fatores, alguns peculiares ao país: uma população idosa, uma economia estagnada que nunca se recuperou do colapso dos anos 80 e, em um fenômeno que apenas agora os ocidentais começam a entender, uma disseminação de jogos para dispositivos móveis e outras formas de entretenimento. Forçados a atender a um subgênero de um subgênero de um mercado gamer mundial, muitos desenvolvedores decidiram optar por público que podiam sempre contar: os otaku.

Os otaku, conhecido anteriormente como uma forma educada de rotulação que acabou banalizada por algo semelhante a “morador de sotão” em inglês, representa o que costuma ser o consumidor base mais forte do Japão. Estou generalizando, claro, mas como suas respectivas contrapartes ocidentais, muitos otakus vivem com seus pais e fazem pouco esforço para encontrar um trabalho decente, sair e mesmo se socializar. Como resultado, eles tem poucas obrigações financeiras e podem arcar com os custos de seus hobbies e obsessões. Uma legião de fanáticos consumidores com nada além de seu dinheiro: para aqueles que trabalham em uma indústria de games instável como no Japão, um público com um tremendo apelo.

Você pode estar perplexo que os pequenos desenvolvedores de games tenham partido para o mercado otaku. A falta de recursos para competir no mercado internacional contra os jogos de Kojima Productions e Platinum Games fez com que estes produtores enxergassem nesse nicho a sua única salvação. post do blog neogamerbr.blogspot.com

Infelizmente esses consumidores tem gostos específicos, para alguns considerados como repugnantes. Os otakus muitas vezes se utilizam dos jogos para satisfazer suas necessidades mais picantes, além de seu desejo por entretenimento. Haja vista a existencia de jogos como Rapelay e Battle Raper.

Mas vamos ser realistas: esses exemplos representam um extremo brutal de uma categoria de jogos. Os otaku raramente assumem tal forma genuinamente pervertida, geralmente eles preferem mais excitação na exploração, e até mesmo jogos de PC com conteúdo sexual pesado (que muitas vezes tomam o seu caminho para consoles com a nudez e sexo esfregada na abstração) focam muito mais em relacionamentos do que de ataques, às vezes de maneira decididamente nada sexy. Nem são jogos sensuais exclusivos para a era moderna - qualquer pesquisa rápida de imagem de jogos do computador PC-8801, que dominou o Japão na década de 80 pré-Windows, irá retornar uma abundância de pornografia softcore de 16 cores. E o Japão não tem o monopólio de jogos sexuais, um dos primeiros jogos (se não o primeiro) a girar em torno de estupro, Custer's Revenge, veio dos EUA e deu início a uma longa tradição de combinar jogos e obscenidade.

Então, por que crucificar o Japão? As razões são complicadas mas a resposta curta é que o Japão tende a ser muito mais aberto sobre o seu material lascivo do que a América puritana. O Japão, ao contrário do resto do mundo, tem Akihabara. Tokyo, a "cidade elétrica" evoluiu a partir de um monte de lojas que consertavam peças de rádio e de computador a um hub central de lojas de jogos durante o boom do Famicom nos anos 80. Essa reputação durou durante os últimos 30 anos, mas como a indústria japonesa de jogos entrou em colapso, Akihabara foi alterada para refletir os tempos atuais.

Durante a última década, o mercado anime empurrou jogos para a periferia. Lojas que tratavam principalmente de jogos clássicos até três ou quatro anos atrás fecharam suas portas ou mudaram seu foco para animes e cards colecionáveis. E a publicidade está cada vez mais picantes, com lojas exibindo softwares apenas para adultos deliberadamente, que antes costumavam ser escondidos nos andares superiores de lojas de jogos e livros. Ao mesmo tempo, a obsessão otaku pelo "Moe" (uma fixação em meninas vulneráveis que beira a linha entre fraternidade e a predação) veio à tona, ou seja, os personagens foram espalhados pelas paredes e outdoors em Akihabara cada vez mais em situações comprometedoras e parecem cada vez mais jovens. Muitas pessoas acharam a sexualização das meninas dos animes (por exemplo, Sailor Moon, as pilotos da Neon Genesis Evangelion) alarmantes nos anos 90, mas esses personagens parecem francamente idosos em comparação com o elenco de shows como Lucky Star e K-On. Esses personagens mais recentes podem ser tecnicamente "mais velhos" do que seus antecessores, mas eles são apresentados para parecerem mais jovens (e consideravelmente mais vulneráveis) do que aqueles que vieram antes.
Sailor Moon (1992) e Lucky Star (2007)

Estes jogos representam apenas uma faceta única de um fenômeno cultural muito localizado (mas altamente visível). Seus criadores estão lutando para sobreviver em um mercado cada vez mais hostil, e até mesmo em um grupo demográfico que expressa devoção incondicional através de gastos liberais, eles ainda têm uma batalha difícil. Jogos para otakus existem em um espaço de mercado incrivelmente lotado, competindo contra outros jogos, contra anime, contra o mercado de cards. Você pode facilmente encontrar desenhos explícitos de forma inesperada (e mesmo estatuetas caras) de meninas em gestos corporais obscenos lojas especializadas para otaku como aqueles no shopping Nakano Mandarake. Como tal, estes jogos e mercadorias, tornaram-se presos em um ciclo vicioso de empurrar os limites de aceitabilidade cada vez mais para cima. post do blog neogamerbr.blogspot.com

A Nippon Ichi lançou nos anos 90 um leve, vagamente satírico RPG como Rhapsody, um jogo baseado em turnos de uma comédia musical. Seu design visual e ênfase geral é sobre as aspirações românticas de uma menina (através da música!). É um RPG que deliberadamente voltado para jogadores do sexo feminino. Alguns anos mais tarde, NI deixou sua marca com Disgaea, que aperfeiçoou ainda mais sua sátira. Como o mercado do Japão mudou, o catálogo da NI tem crescido cada vez mais para o lado ousado e sexual, com jogos como Girls Criminal (RPG em que você joga em uma festa de prisioneiras do sexo feminino e tem que administrar palmadas para mantê-las na linha) e Soul Mugen (que possui um evento de "banho" em que o jogador esfrega meninas nuas, menores de idade - conteúdo que foi cortado do lançamento nos EUA para a ira de um determinado nicho de jogadores) que serve como combustível para fetichista e notícias dos blogs.

Leiam os comentários desse vídeo no Youtube

E, realmente, essa é a maior razão do Japão ser marcado pelos seus jogos mais extremos e provavelmente se resume, no fim, no fato de que ele se faz presente na imprensa. O que poderia ter gerado um rumor menor alguns anos antes tornou-se uma história amplamente divulgada devido aos blogueiros e a perspectiva de que a história de um escândalo sexual poderia trazer audiência. Na boa tradição da mídia, pouco esforço foi feito para equilibrar a discussão do jogo ou promover uma maior compreensão do contexto ao seu redor.

E não se enganem: o contexto de RapeLay quase não foi aceito. Simplesmente porque o jogo era legal para venda no Japão não significa que o público japonês teve prazer nele. Pelo contrário, a comunidade otaku é frequentemente considerada como uma praga infeliz na cultura japonesa pelos próprios japoneses. Akihabara poderia ser considerada menos uma terra prometida e mais uma zona de quarentena. Os "Eroge" (jogos eróticos) ainda compreendem um nicho menor dentro de uma produção total do país. A simples visão de um adulto jogando um jogo no trem é recebida com desdém - muito mais do que no Ocidente, onde é mais aceita.

Muitas das companhias de entretenimento do Japão têm criado um olhar crítico sobre o fenômeno otaku (e suas ramificações, hikkikomori e NEETS e "freeters"). The World Ends With You, da Square Enix aborda a natureza do isolamento social de um protagonista emocionalmente Neku que desperta para o mundo e aprende o valor – por mais brega que possa parecer - de amizade. Enquanto isso, Welcome to N.H.K. (Um anime e mangá baseado em um romance), conta a história sombria de um desempregado sem rumo que é trazido para fora de seu mundo de obsessão ao pornô e MMO por uma menina enigmática. Ele zomba impiedosamente o conceito de Moé e critica a cultura otaku. E é um conto sem um final feliz: O protagonista não muda de vida e cai novamente em sua rotina - e só depois de fazer algumas tentativas de suicídio frustradas.


Na cultura japonesa mainstream, ativistas políticos falam depreciativamente dos otaku, condenando os seus hábitos e se preocupam sobre o futuro da nação. E não sem alguma justificativa: a taxa de natalidade do Japão vem mergulhando em dígitos negativos com os idosos aumentando desproporcionalmente em relação mais jovens. Enquanto isso, uma tendência atual no Japão promove um tipo estranho de infantilização para os homens, com os adultos que aparecem na televisão em roupas e atitutes de criança. post do blog neogamerbr.blogspot.com

É difícil prever onde a indústria japonesa de jogos irá; A Tokyo Game Show deste ano é esperada para ser talvez a maior até agora. No entanto, o número real de jogos para consoles serão mais baixos do que nunca, pois os jogos para celular e redes sociais vêm à tona. A tendência de jogos “pervertidos” não parece que vá desaparecer, independentemente das tentativas do governo para contorna-la através da censura, e as chances são de que como esse setor de jogos japoneses atraiam os olhares ocidentais, os jogos com questionável conteúdo crescerá proporcionalmente. No entanto, eles dificilmente representam os principais gostos japoneses, ou até mesmo uma percentagem significativa do mercado de games daquele país. Ao invéz disso, eles existem como a precipitação de uma situação sócio-econômica complexa, que tem sido de construída no país há décadas - um pontinho alto, mas muito isolado no radar cultural de um país que nunca se afastou de suas tendências isolacionistas, mesmo depois de o resto do mundo se impôs sobre suas fronteiras insulares centenas de anos atrás.


Então, sim, o Japão tem jogos sujos, mas eles não têm a presença aqui de que a mídia pode levar você a acreditar. E sim, o Japão pode parecer muito "estranho" se olhando de fora, mas a verdade é que a estranheza é matizada e profundamente enraizado em circunstâncias históricas específicas - não é realmente sobre inquietantes games quase pornográficos. Você pode achá-los de mal gosto, mas você pode não perceber que a maioria dos cidadãos japoneses partilhar da sua opinião.

Fonte: 1UP (inglês)

32 comentários:

  1. Boa matéria, bom texto e tradução.
    Sou descendente de japoneses e cresci em contato com a cultura japonesa.
    Creio que o termo "OTAKU" tenha sofrido alguma alteração no seu significado quando veio para o ocidente, pois até onde eu me lembre, Otaku significava uma pessoa que fica trancada em casa, fechada em seu mundinho e com sérios problemas de relacionamento social.
    Hoje parece que ser Otaku é legal, mas para mim ainda é um insulto ser chamado assim.

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    1. Otaku em japones significa literalmente fanático, poderia se dizer que tem o mesmo significado de fã em português, embora geralmente com mais intensidade (a la fãs de Justin Bieber na América por aqui por exemplo). Quem fica trancado em casa sem fazer nada além do que interessa são os Hikkikomori.
      A contrário do que se entende no ocidente os japoneses chamam de otaku qualuqer um que tenha um interesse exacebado por qualquer assunto que seja e não só animes e mangas.
      Existem por exemplo otakus por trens, replicas de armas, livros, jogos (não eletronicos como cartas, ou mahjong), modelos de robos, carros, aviões e por aí vai.
      Atualmente porém o termo se tornou mais ligado a quem curte anime/mangá e com uma conotação um pouco pejorativa por causa de uma grande campanha do governo de Tóquio.

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    2. a palavra otaku denigre ligeiramente todo e qualquer pessoa que gosta de animes ou games, os animes a cada ano perdem qualidade, a apelação é total, cansei de ver um anime e ver ele...rumando a decadência, e também series de games... desisti de ir em eventos de animes e me misturar com aquele povo, a raiva é tanta que, ia faltar socos e ponta pés pra muito nego lé...

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    3. Eu me considero Otaku por gosta muito de animes e ler mangá, gosto de ir em evento, é sempre bom conhecer novos amigos.
      Por causa dos eventos q conheci minha namo, estamos a 3 meses.

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    4. Eu me considero Otaku por gosta muito de animes e ler mangá, gosto de ir em evento, é sempre bom conhecer novos amigos.
      Por causa dos eventos q conheci minha namo, estamos a 3 meses.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Perdoe-me pelo comentário ali em cima, era apenas uma piada entre amigos, esqueci de editar a conta.
    Mas como dizia, o mercado japonês está cheio disso, por sorte alguns ainda se salvam, só não sei por quanto tempo.

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  4. Chega a ser trágico...Se fossem só adolescentes...Chega a ser perigoso.

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  5. Deve ser por isso que eles sofrem tanto. Bombas, suicídios, tsunami.

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  6. Muito bom o texto, achei uma ótima tradução e realmente, estando em contato a vários anos com essa cultura "Otaku" eu mesmo nunca admiti ser um, sei o significado da palavra...

    Bom se possível gostaria de copiar este conteúdo para o meu blog, e claro com os devidos créditos, compartilhemos a informação!

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  7. Cara, perigoso pra quem ?
    Se for para os que sofrem disso, não pode ser... realmente e perigoso !

    Mas se for para o Japão em geral, duvido, o japão sempre foi mais "estranho" que o resto do mundo, principalmente quando se fala em putaria.
    Acredito que seja uma maneira de estravassar. Não sei muito bem nem faco questão de saber, mas... dizer que eles sofrem por que admitem ser usuários de pornografias explicita ?! Nossa ai tu forcou, anomimo.

    O japão, acredito que na sua maioria, gosta de uma pornografia mais gore com uns elementos de anime como monstros e coisas estranhas, mas na hora do vamo ver, de trabalhar e respeitas as pessoas, eles são exemplos.

    E eu to cagando e andando pra isso.

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  8. Bom, eu não sei se sou otaku ou não porque não me considero um, embora eu ja tenha visto vários animes e ainda acompanho animes semanais e tenha mangás e faça parte desse "mercado consumir nipônico" mesmo morando no Brasil.

    O que posso dizer é "Cada um faz o que pode para sobreviver desde que não seja algo ilegal ou que prejudique outros." Afinal na china até cachorro, gato, cavalo e insetos fritos ou vivos você pode comer numa boa.
    Brasil não pode condenar também porque cultura aqui é inesxistente, se a cultura for carnaval e futebol, então é só um lugar mais vazio que o japão.

    Ja joguei esses games "pevertidos" que no japão e entre os fãs se chamam Visual novel , onde um personagem com caracteristicas de anime de todas as idades, interagem entre si e segue rotas e cada escolha leva a um fim diferente, não existe só os pevertidos mais existe os visual que NÃO possuem nudez nem a mínima também.

    Qual o problema de jogar games eróticos, ver animes com nudez, otakus não saem por ai dando kamehameha ou pegando uma AK ou uma granada ou quem sabe um EVA e atirando nos outros, pode existir casos isolados, mais um jogo com fetiche não é algo doentio desde que não prejudique outros, por exemplo, existe um gênero que é condenado mortalmente pelas pessoas chamado "lolicon" , significa basicamente complexo de lolita, ou seja pessoas que gostam de ver garotinhas novas de animes fazendo peversão, embora eu não curta isso e não veja coisas desse gênero, eu não acho que é doentio o jogo ou o anime, afinal antes de mais nada é só uma animação colorida intende ? não tem nenhuma filmagem de algo real ali, e isso não vai fazer com quem uma pessoa ataque crianças na rua, assim como game de estupro ou game de zoofilia ou game de qualquer parafilia louca.

    Enquanto for só o jogo ou anime não tem problema, o problema mesmo seria levar isso para realidade , coisa que eu não vejo acontecer em nenhuma noticia que um otaku andou fazendo isso.

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  9. Sendo direto, o Japão que vemos é o que a mídia nos trás. É mais ou menos o "Brasil gringo" que apesar de não tão diferente do real, não é exatamente como pode ser imaginado por eles.
    E como se fala, muitas das coisas que são vistas com maus olhos pelos gringos em relação ao nosso país, são vistas também como coisas ruins por muitos brasileiros.

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  10. Não sou otaku, no entanto gosto de alguns animes (que não são pervertidos). Em minha opinião o problema é quando a pessoa não consegue se desligar daquilo e começa a ter problemas em se relacionar com outras pessoas, essas pessoas em questão precisam de um acompanhamento de um psicólogo para saber o que a fez chegar a esse ponto, em resumo o problema não são os games e animes ,mas sim as pessoas que o assistem. Este tipo de pessoa normalmente tem algum trauma ou problema social, assim o anime pode vim a ser uma válvula de escape que em sua mente o conduzirá para outra realidade na qual seu problema desaparecerá.

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  11. A cultura japonesa é muito complexa, peculiar e específica, acredito que nenhum ocidental seja capaz de compreende-la por completo sem morar pelo menos uns 2 anos no Japão.
    Eu me auto-intitulo OTAKU porque isso representa, aqui no ocidente, uma pessoa fanática (no bom sentido da palavra) pela cultura oriental, e isso não se restringe somente a cultura japonesa, mas também a coreana. As características desse "fanatismo" não se resumem a animes e mangás, mas também abrangem games, manias, cultura e o próprio idioma do país, embora eu saiba que no Japão essa palavra possui um sentido mais pejorativo.
    A comunidade "otaka" no ocidente cresce cada vez mais independente das opiniões externas.
    Quanto ao mercado de games no Japão, acho que a situação ficará cada vez mais agravante, já que o estilo narrativo dos japoneses é, muitas vezes, considerado idiota no ocidente. Com isso, os japoneses terão duas opções: Ou eles se adequam ao mercado mundial deixando suas obras mais "ocidentalizadas", ou eles direcionam seus games para o mercado interno, o que resultará em cada vez mais jogos "otakus".
    No entanto, ainda existem gigantes dos jogos no japão, como a Capcom e a Square-Enix, e se depender deles os japoneses ainda terão muitas surpresas para calar a boca dos ocidentais.

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  12. cara, generalizar é errado. Eu gosto de anime e games (não pervertidos, eu na verdade odeio esses e não tenho interesse nenhum) e não sou uma pessoa alienada. Eu gosto destes assim como gosto de filmes e livros. A grade questão é quando isso passa a ser um vício e a pessoa se torna reclusa ou quando confunde o real da ficção.
    Não é porque você assiste um filme de um assassino que você vai se tornar um...
    Agora não adianta também fazer todo esse discurso moralista. Tenho certeza que a maioria que critica assiste pornô com teores similares e acha super legal -.-

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    1. Vejo anime (e também o ecchi, mas n curto hentai) e concordo com vc.

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  13. No meu entender, esse perfil de perversão de parcela do povo japonês é reflexo da baixa penetração do cristianismo no Japão.

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    1. Nao venha colocar a relino meio disso cara

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    2. Os cara quer fala de religião, e no Brasil? Quando eu era criança, via Dragon Ball, Samurai X e Viewtiful Joe, hoje em dia, n tem mais animes na TV e as criança estão dançando e cantando músicas adultas.

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    3. Os cara quer fala de religião, e no Brasil? Quando eu era criança, via Dragon Ball, Samurai X e Viewtiful Joe, hoje em dia, n tem mais animes na TV e as criança estão dançando e cantando músicas adultas.

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  14. O assunto é complexo mesmo... mas a me ver tem que ser adicionado uns detalhes, e no "resumé" da questão é que tudo isso existe porque dá dinheiro! Se devido a certas pessoas o Japão contribui dessa forma negativa no mundo virtual e real o tio Sam também, com as toneladas de jogos de tiro, guerra, vandalismo e outras forma de violência "no sense". E o que falar do Brasil, com acrescente pornografia sonora que vem principalmente do lixo carioca que chamam de funk, do lixo nordestino forró e do lixo sertanejo universitário paulista, etc... que mídia dá tanta atenção e exaltamento! Fora a crescente onde de bebedeira, drogas, pegação... Então vemos a crescente decadência de todos os lados e setores. Se você quer jogos tem pornografia, violência, etc... se você que ver um desenho também tem, se você for ver filme também, se for passear também, se for ouvir música também... tudo isso dá muito dinheiro! Agora algo que me chamou a atenção foi a opinião acima... se a perversão do Japão é reflexo do baixo índice do cristianismo no Japão com explicar a perversão do povo brasileiro se, em teoria, o Brasil é altamente cristão. Se funk, forró, carnaval, etc... não for perversão o que é então?! E o tio Sam, com seus jogos de guerra, matança, vandalismo, roubos, etc... não são pervertidos?! Se continuar assim desse jeito a nível global o futuro dos videogames e jogos serão muito obscuros!

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  15. Já assisti vários animes(alguns pervertidos também) mas não sou um maluco alienado, curto a cultura japonesa mas prefiro ignorar esse lado sujo que o japão tem com games e animes.
    Acho que tudo depende da pessoa que o vê, se ela não for um psicopata não tem problema nenhum gostar de animes, acho que o nome OTAKU deve realmente mudar como está agora, é possível alguém ser fanático e ter vida social.
    Esse tema é complexo, porém a verdadeira gota d'agua foi grande uso constante de personagens menores de idades aparecendo em animes pervertidos. Certo dia estava vendo na Wikipedia um estilo de anime (da qual não me lembro o nome) que mistura sexo com Bebês recém nascidos ou de menos de cinco anos em situações de ESTUPRO, acho que quem gosta disso não merece entrar no reino do céu.

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    1. Sapohha só pode ser hentai ou sei lá oq. Vi animes seinen, shounen e ecchi, em ecchi, cena com pouca perversão ( diferente de hentai ) e com mais história é comum. Gosto muito pelo humor.
      Hoje eu me considero Otaku, tenho vida social e sou fanático ( em parte ) da cultura japonesa.

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  16. Minha opinião sobre tudo isso... o Japão não esta se adaptando bem ao mercado ocidental e esta querendo entre dois, ou se sustentar pelo mercado interno, ou conseguir atrair o mercado externo. E hoje poucos produções japonesas são boas, e a maioria das boas se encontram desgastadas. O que o autor do texto disse sobre os japoneses sensualizarem muito suas obras pra vender mais e criar um "nicho" de fãs desse conteúdo, e se percebe em seus jogos e desenhos isso com clareza, e como vocês devem saber, opiniões divergem, e sempre existem obras que não se encaixam nesse, como pessoas também, então pelo fato de terem poucas obras e pessoas realmente boas e normais nesse nicho, não tira o fato da esmagadora maioria serem assim, então não podemos generalizar, nem mesmo "perdoar" esses conteúdos, por causo de alguns fora do contexto.

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  17. Tem um erro bem feio nessa matéria Welcome to NHK não tem esse final no Anime e na Light Novel

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  18. Bobagem. A industria pornográfica sempre alavancou no minimo um terço de todo mercado.
    E é logico que no meio de tudo isso existem as bizarrices. Embora atualmente a cultura do puritanismo vem caindo em declínio.

    felizmente hoje o sexo. a seuxalidade e ate mesmo a pornografia ja não é masi um tabu.

    Quem ainda se importa com isso são alguns instituições religiosas.

    Ha de se discutir neste meio o que poderia ou não ser "saúdavel"... Mas vindo de um mundo vivem ainda de dogmas seculares como base da sua existência ouvir o que outro tem a dizer pode representar o fim de um mundo.

    Ha ainda que acreditam em mocinhos e vilões e ainda creia que vida e como um jogo...

    Quem não conhece as próprias insanidades acaba se perdendo no meio de seu abismo cedo ou tarde. Creia-me ninguem que se diz normal neste mundo de fato é.

    Tudo que as pessoas conhecem são apenas jargões passado como verdades de geração em geração como macacos repetindo um mesmo padrão

    https://botequimcontemporaneo.wordpress.com/2012/07/16/paradigma-o-experimento-de-stephenson/

    É assim que nasce os preconceitos. Lembro ainda que na epoca que surgiu a cultura "emo" ouvi um cara dizer."Eu nem sei o que emo mas já odeio.

    Da mesma forma aconteceu com os otakus.

    Hoje parece que isso ja perdeu sua importancia e ninguem se importa se voce e ou não algo assim.

    Padroes rotulos que se colocam na cabeça uns dos outros como forma de segregação de grupos .A nossa sociedade ainda e imatura e imunda que se diz impura porque sujaram o meu mundo perfeito. Ainda acredita que vai conseguir conter todas as suas bizarrices trancando todos fora do "padrão" dentro de uma jaula deixa os membros que os considerados "sãos" a salvo.

    Não muito diferentes dos lunáticos megalomaníacos que sonham com utopias de sociedades perfeitas. Que ate se baseiam muitos vilões de jogos.

    Ninguem observa própria hipocrisia...


    As pessoas criam imagens.Referencias de si mesmo.Uma imagem mental.Uma idealização do que pensam ser para sentirem que tem algum valor e nisso depositam sues sonhos e esperanças.mas a vida nao precisa de imagens mentais. Elas caem com o tempo conforme se percebe que a vida em si não se preocupa com o que pensa ou deixa de pensar... Ela segue seu rumo...

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