Too Human para Playstation foi mostrada de forma jogável pela primeira vez pela Silicon Knights na E3 de 1999. Imediatamente ele chamou a atenção da imprensa presente, não só por fazer gráficos incríveis no já cansado hardware da Sony, mas também por ser um grande projeto para uma geração de consoles que estava quase no fim. A história do jogo, que se passaria no ano de 2450, era descrita como "um thriller psicológico futurista mesclado com elementos de RPG".
No primeiro vídeo e em algumas imagens acima , é possível notar que o sistema de mira utilizado nessa versão, onde se é possível escolher que partes do corpo inimigo atacar, posteriormente foi reaproveitado pela produtora em Eternal Darkness. também são vistas no vídeo armas com mira de longo alcance, que seriam úteis nas áreas que aparentavam ser bem abertas.
O jogo estava previsto para ser lançado no verão americano de 2000, ele teria 4 ou mais discos, que seriam necessários para armazenar o grande mundo e as horas de CGs criadas pela produtora. Tudo mudou quando a Nintendo, empolgada com o projeto de Eternal Darkness (na época em desenvolvimento para N64), decidiu por tomar todo o time da Silicon Knights, transformando-o em mais uma de suas second parties. Após isso, as notícias sobre o lançamento de Too Human simplesmente desapareceram.
Rumores diziam que o jogo estava sendo convertido para o próximo console da Nintendo, devido ao espaço limitado do cartucho do Nintendo 64, que não poderia armazenar as CGs que contariam a história do jogo. Tudo isso foi confirmado alguns meses depois na Spaceworld (evento anual de anuncio de jogos da Nintendo), com um trailer em CG que confirmava o desenvolvimento de uma nova versão do game para GameCube.
Essa foi a única aparição do jogo para o console da Nintendo até que mais uma vez ele desaparecesse. Nunca foram mostradas imagens de gameplay dessa versão do jogo rodando no Hardware do GameCube.
Nas mãos da Nintendo, a Silicon Knights trabalhou em Eternal Darknes (recriado como um jogo de GameCube) e no polêmico remake Metal Gear Solid: The Twin Snakes, e o nome de Too Human não foi mais dito até 2005, quando a produtora deixou a Nintendo e anunciou uma parceria com a Microsoft para o desenvolvimento de uma trilogia de jogos exclusiva para Xbox 360 chamado Too Human.
Mesmo o enredo ainda tendo como tema humanos com melhorias cibernéticas, todo o resto foi alterado. Em vez de se passar no futuro distante de ficção ciêntífica, o jogo agora se passa em um mundo de fantasia tecnológico baseado na mitologia nórdica. E, agora movido pela Unreal Engine 3, ele deixou de ser um jogo baseado apenas em armas de fogo e se tornou um hack 'n slash.
Anunciado inicialmente com a data de lançamento marcada para o final de 2006, o jogo ainda demoraria mais dois anos até finalmente chegar às lojas.
Apesar da grande campanha de marketing, que incluiu inclusive documentários falsos, que mostravam a descoberta de vestígios milenares do mundo do jogo nos dias atuais, e da demo do jogo ter batido o record de número de downloads da Xbox Live na época (mais de 900.000), ao ser lançado o jogo recebeu reviews negativos e vendas inexpressivas, acabando com qualquer hipótese de lançamento de uma sequência.
Quando parecia que essa jornada de quase dez anos até o lançamento finalmente tinha chegado ao fim, recentemente mais um capítulo foi adicionado a essa história.
Há alguns anos estava acontecendo um processo judicial, onde a Silicon Knigts acusava a Epic Games (desenvolvedora da Unreal Engine) de ter disponibilizado uma versão incompleta da Unreal Engine 3, que teria sido a responsável pela baixa qualidade de Too Human.
No final de 2012 o tribunal concluiu que a Epic era inocente, e que a Silicon Knigts era culpada de alterar parte do código da engine sem autorização, e fazê-lo passar como seu. Como punição, ela foi obrigada a destruir todo tipo de produto que ela criou baseado na Unreal Engine 3, isso inclui os três jogos que ela estava desenvolvendo e todas as cópias não vendidas de X-Men Destiny (2011) e Too Human.
Quando ví a primeira imagem, jurei que fosse Walter White.
ResponderExcluirQue loucura
ResponderExcluirA idéia original parece ter sido bem melhor. Mudou, estragou.
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