Hoje em dia com a ascensão dos indies, se tornou muito mais fácil encontrar jogos que não são focados em nenhum tipo de combate, mas lá em 2003 um jogo com um conceito diferente do padrão da indústria ocidental era extremamente arriscado de ser posto em prática, já que era preciso lançá-lo em um console para se conseguir alcançar o grande público. Disaster Report é uma das minhas grandes descobertas na época da avalanche de jogos piratas que todos nós tínhamos acesso durante a geração do PS2, um jogo que a sua luta é pela sobrevivência diante de um grande terremoto.
No Japão esse tipo de jogo mais experimental sempre foi e sempre continuará sendo feito e vendido com sucesso, mas também continuará restrito à aquele lado do mundo. Aparentemente para vender no ocidente, um jogo extremamente japonês precisa apelar para o público otaku, o que não é o caso de Disaster Report.
Apesar de todos esses fatores contra alguma possibilidade desse jogo sair por aqui, um ano depois do seu lançamento original no Japão pela Iren (lá conhecido como Zettai Zetsumei Toshi), ele foi distribuído nos EUA (como Disaster Report) e na Europa (como SOS: The Final Escape) pela desconhecida Agetec.
Aparentemente a Agetec quis se esforçar o máximo para que o jogo apelasse mais ao público americano, modificando vários elementos dele para distanciá-lo das suas origens japonesas.
Começando pela capa, que enquanto as outras versões optam por um estilo minimalista, a americana expõe uma cena dramática mal ilustrada com personagens estranhamente diferentes dos do jogo.
Além disso, a aparência de alguns personagens foi alterada para que eles tivessem uma aparência mais ocidental. Os dois protagonistas tiveram a cor de seus cabelos trocadas de preto para loiro.
O segundo jogo também foi lançado por aqui (em 2006), mas em vez de ser uma continuação numerada (como no Japão), a Agetec optou por dar a ele o nome Raw Danger (dessa vez o mesmo nome tanto nos EUA quanto na Europa). Dessa vez nada foi alterado dentro do game, mas a arte da capa americana sofreu novamente com uma ilustração ainda pior.
O terceiro jogo da série, lançado para PSP em 2009 nunca foi lançado no ocidente e o quarto jogo, que seria lançado para PS3, foi cancelado após o terremoto de 2011 no Japão. Após o cancelamento, a Iren fechou todos os sites referentes à série e retirou da PSN o terceiro jogo.
Fonte: Unseen 64
Complicado pra uma série japonesa sobre desastres naturais continuar vendendo depois do tsunami no japão.
ResponderExcluirJá estou surpreso de jogos/filmes/desenhos sobre enchentes não serem proibidos em São Paulo,afinal de contas,lá tem enchente dia sim dia não!
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