Depois de um afastamento forçado, e de muito ter sido especulado, o NeoGamer levanta de sua tumba. Infelizmente ainda não é uma volta definitiva, mas para mostrar que não abandonei esse meu projeto de quatro anos, trago mais uma vez a minha seleção pessoal de melhores do ano.
E não desistem do NeoGamer, pois 2015 será um ano melhor.
5º: Wolfenstein The New Order
O novo Wolfenstein pode ser considerado um jogo bipolar (no bom sentido), pois ao mesmo tempo que ele proporciona uma experiência frenética e desenfreada de tiro vista poucas vezes nos últimos anos, além de cenas pesadas de humor negro; ele também tem um roteiro profundo e inteligente, focando muito nas interações humanas tanto entre rebeldes quanto com os vilões nesse mundo onde o nazismo venceu e a história foi escrita de maneira completamente diferente.
Enquanto o terceiro colocado dessa lista traz o moderno, Wolfenstein é o clássico, só depende de qual é a sua preferência.
4º: The Wolf Among Us
Lembro de quando a Telltale anunciou simultaneamente que iria trabalhar em jogos baseados nas HQs The Walking Dead e Fábulas. Fiquei muito mais animado com a segunda, pois eu já conhecia esse mundo e sabia que havia espaço pra se contar uma ótima história. Anos depois desse anúncio, finalmente chegou The Wolf Among US.
Em termos de mecânicas ele é basicamente uma continuação do The Walking Dead, apenas melhorando as interações nas sequências de ação. O grande trunfo dele é trazer mais para o mainstream esse incrível universo, com os personagens de contos de fadas sendo obrigados a conviver entre si no mundo real. O trabalho no roteiro do jogo é muito bem feito, conseguindo trazer novos personagens e um grande mistério tão interessantes e bem escritos quanto os das HQs originais.
Por se tratar de um prequel, Wolf Among Us é uma boa pedida para quem quer se iniciar no mundo de Fábulas.
3º: Far Cry 4
Normalmente jogos que são apenas um mais do mesmo de seus antecessores são criticados pela falta de criatividade de seus produtores, mas quando o mais do mesmo é uma repetição de Far Cry 3, um dos melhores FPS dos últimos anos, não há do que se reclamar.
Far Cry 4 traz um cenário muito mais interessante que seu antecessor, se passando em um país fictício inspirado no Nepal. Os ótimos gráficos dele tornam o mundo vivo, com vegetação balançando ao vento, uma grande gama de animais selvagens atravessando o seu caminho e tiroteios aleatórios entre as duas facções do jogo que estão sempre em guerra. Infelizmente a parte nevada no alto dos himalaias é apenas vista em missões fechadas e não faz parte do mapa aberto do jogo.
Ele trouxe de volta praticamente todas as mecânicas do terceiro jogo e adicionou algumas novas, como o gancho de escalada, o nocaute em veículos, e um mini-helicóptero. A opção de deixar seu veículo em "piloto-automático" também permite que pela primeira vez em um game não seja frustrante se dirigir e atirar em perseguidores simultaneamente.
Enquanto as mecânicas só evoluíram, a história teve uma significativa queda. O novo vilão Pagan Min falha em ser um novo Vaaz e dessa vez a motivação do protagonista é muito mais genérica. Realmente parece que os desenvolvedores não quiseram (ou não tiveram tempo) de criar um enredo mais complexo. Ao se cumprir a última missão do jogo, nada é mostrado em relação a suas escolhas durante a história e nem as consequências dos seus atos finais. Nenhuma animação épica, ou revelação chocante (como no 3), apenas os créditos.
Para quem gosta de FC3 e quer mais dele, a oportunidade está aqui. E que venha o Blood Dragon 2.
2º: inFamous Second Son
Não há muito o que se dizer sobre Second Son, ele é a evolução da série inFamous, que já sou fã desde o segundo jogo. E a evolução não é só na parte gráfica agora permitida pelo PS4, mas também na personalidade do protagonista e seus amigos (e inimigos), muito mais bem escritos e atuados com uma ótima técnica de captura facial.
No jogo anterior os produtores tinham problemas para conseguir variar as habilidades de Cole, que precisavam ser escolhidas e ativadas em um menu, mas o que acontecia era o jogador escolher as mais fortes disponíveis e se manter com elas. SS evolui isso com a ideia de Delsin absorver o poder de outras pessoas. Cada um dos quatro poderes trazem habilidades bem diferentes um do outro e realmente são necessários em momentos específicos (infelizmente o último poder só pode ser aproveitado no pós-game).
Second Son é sem dúvida um jogo muito menor que seus antecessores, a quantidade de missões de história é ínfima se comparada a dos outros 2, mas ele compensa isso com atividades extras realmente interessantes e divertidas de serem feitas, o que fez com que ele fosse o único jogo de 2014 onde alcancei os 100%. E ainda há o Paper Trail, um genial conjunto de quebra-cabeças e desafios, onde o jogador, fora do jogo, deve procurar e desvendar várias pistas em um conjunto de sites fictícios para desvendar um mistério.
Se você ainda não conhece a série inFamous, essa é a hora. Com novo protagonista e história esse é o jogo que trouxe uma ótima série que estava relegada ao segundo escalão da Sony para o destaque que ela merece.
1º: South Park: The Stick of Truth
Normalmente um jogo licenciado vem do interesse de uma desenvolvedora em usar uma marca famosa para vender um produto de qualidade inferior, que sem esses personagens conhecidos, nunca teria o mesmo destaque.O novo jogo de South Park é o oposto disso.
The Stick of Truth nasceu da vontade de lançar um jogo autoral sobre South Park que Trey Parker e Matt Stone (criadores da série, que à quase vinte anos são responsáveis por todos os seus episódios) sempre tiveram. Ao contrário dos antigos jogos baseados na série, que simplesmente encaixavam os personagens em estilos genéricos (de corrida de Kart à FPS), Stick of Truth foi imaginado desde sua concepção para ser uma sátira aos RPGs clássicos. Para transformar suas ideias em um jogo de verdade, veio a desenvolvedora Obsidian (de Fallout New Vegas e KOTOR 2).
Como jogo em si, ele é um RPG extremamente simples, com pouca dificuldade e mecânicas baseadas em Paper Mario, o que o torna muito mais interativo do que os RPGs em turno padrão, tornando essa parte muito mais interessante do que em outros jogos do gênero. Em geral há poucas batalhas longas e boa parte delas podem ser puladas ao se ativar uma armadilha para os inimigos no cenário.
Mas o que importa aqui não é o trabalho da Obsidian, e sim o do South Park Studios, que dedicou tempo e pessoal suficientes para criar uma temporada inteira da série, para criar a história, os gráficos e as animações que são a parte principal do jogo. Se gráficos bons são aqueles que representam bem o que eles pretendem reproduzir, os desse jogo são perfeitos, já que representam exatamente o estilo do desenho animado. As transições entre as animações e o jogo em tempo real são perfeitas, dando ainda mais a impressão dele ser um episódio interativo. Infelizmente, como é marca registrada da Obsidian, bugs ocasionais quebram um pouco a imersão.
Ele é um jogo para quem já conhece e gosta de South Park, já que todo o roteiro é extremamente referencial aos quase vinte anos do desenho, tudo desde personagens, itens e localidades tem link direto com um episódio antigo, o que pode fazer que muitas piadas não façam sentido para quem não é um fã fiel (como eu). Pessoas pouco familiarizadas com South Park provavelmente também irão se chocar com o nível de humor negro e de cenas "pesadas", que ultrapassam até mesmo os limites do que é mostrado nos episódios da animação (já que a classificação indicativa do jogo é muito maior do que da do próprio desenho).
South Park: The Stick of Thruth é o jogo perfeito, mas apenas para aquela parcela de jogadores que já gosta da série. Para os outros, ainda há a possibilidade de se ter um game divertido de se jogar e genuinamente engraçado (coisa rara hoje em dia).
parabéns pelo retorno e obrigado por não desistir do projeto. O blog é bem interessante e falta mais coisa assim na net. espero que o nobody plays retorne, assim como os challenges. abraços.
ResponderExcluir2015 já começou bem! Bem vindo de volta, camarada!
ResponderExcluirInteressante a sua lista de melhores de 2014. Sobre o Wolfstein, fica difícil ver algo além de tiroteio genérico nele. depois de jogar FPSs incríveis como Bioshock Infinite e Fallout New Vegas, é difícil prestar atenção a um jogo de tiros com nazistas. definitivamente não faz meu gênero de roteiro.
ResponderExcluirThe Wolf Among Us eu baixei a demo. Já conhecia a série Fábulas mas não sabia que o jogo era um subproduto. A Telltale é bem competente nos enredos, mas esse estilo de novela interativa simplesmente não me agrada. Exceto em games como Heavy Rain, e mesmo assim esse tipo de jogo tem um fator replay baixíssimo (depois que vc conhece a história não tem como jogar de novo).
Farcry 4 parece ser um ótimo jogo, e a sua análise é a primeira que eu vejo desaprovando o enredo. levei até um susto com isso. sobre o game em si, concordo que reprisar a fórmula do 3 é um acerto em vez de falha, visto que o 3 pega tudo que deu certo na série e compila em um jogo só. só não acho que ele seja um jogo verdadeiramente Next-Gen. ainda não comprei um PS4, então jogarei ele no 3 mesmo (mesmo caso do Alien Isolation. não é next-gen pra valer, diferente da versão de GTA 5 que é um jogo novo nos novos consoles).
Infamous Second Son, assim como GTA5, será compra certa quando tiver um PS4.
Sobre o South Park concordo com tudo que vc falou, inclusive eu fiz um post sobre ele no meu blog (o primeiro do ano) e é basicamente a mesma opinião. o jogo é muito bom, mesmo sendo fácil demais, e deve ser jogado apenas pelos fãs da série. tomara que saia uma continuação.
Wolfenstein tem um roteiro muito mais interessante do que parece, vai por mim, Far Cry 4 é infinitamente mais genérico nesse quesito.
ExcluirExcelente notícia o seu retorno. Continue contando comigo para as traduções. Abraço!
ResponderExcluirFar Cry ta lindo, os outros vai se levando eheheh
ResponderExcluirMuito bom! Gostei do seu retorno ao blog, estava meio carente de novidades aqui. Gostei principalmente do título da matéria "Os meus melhores jogos de 2014". Temos Far Cry 4 e Wolfenstein em comum, mas pra mim, entre os 05 melhores faltou Dragon Age, Sunset Overdrive e Halo The Masterchief Collection. Não sou caixista, tenho play 3 e adoro GOW e Uncharted. Vou pegar meu ps4 esse ano.
ResponderExcluirSunset Overdrive, Dragon Age Inquisition e Shadow of Mordor são os jogos desse ano que não tive oportunidade de jogar que certamente entrariam nessa lista.
Excluirdepois vou te adicionar novamente na PSN. eu excluí seu perfil porque já fazia cinco meses que vc não se logava. pensei que não estava jogando mais.
ResponderExcluirEu me mudei e estou a meses lutando contra o provedor de internet aqui da minha cidade para conseguir ter conexão a cabo no meu novo endereço (estou refém do 3G), por isso não me conecto na PSN faz tempo. Morar em cidade pequena não é mole.
ExcluirIsso somado a falta de tempo e outras coisas pessoais acabou fazendo com que eu me afastasse do blog.
Que bom ver o blog de volta. Força em 2015!!!
ResponderExcluirum dos melhores blog sobre games é o único que sempre frequento parabéns aos envolvidos
ResponderExcluirBoa noticia,senti falta do blog, emfim só acho que Nobody_joe deveria ter avisado, sei lá nem na pagina do face,no twiiter ou no site teve um aviso prévio, fora que sumiu da Steam e da PSN, achei até que tinha morrido rsrsrs.
ResponderExcluirEntrei aqui sem esperar nada e me deparo com post novo...espero que volte á sua atividade normal,com o Nobody plays e as traduções!
ResponderExcluirDesses jogos ai joguei e terminei o Far cray 4 e o Wolfenstein The New Order que alias ta muito bugado pelo menos no ps3 depois vou baixar pro xbox360 pra ver
ResponderExcluirJoguei poucos em 2014, meu favorito foi child of light. Até fiz uma análise sobre ele. Mas confesso que a pobreza me fez não curtir talvez jogos que pudessem ser melhores rs
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