Nessa segunda parte da minha coluna sobre os bons jogos esquecidos da geração passada, falo de três jogos que aparentemente não tem ligação nenhuma entre sí...
...e realmente não tem.
Rage
Sete anos depois do lançamento de Doom 3, a clássica produtora id Software (de Doom e Quake) retornou com seu mais novo FPS em 2011. Rage é um jogo de mundo aberto focado não apenas no combate em primeira pessoa, mas também veicular, do jeitinho que todo fã de Mad Max sempre sonhou.

Mas deixando esse aspecto de lado, temos um jogo muito bem produzido, com personagens carismáticos e muito bem animados, cada NPC das cidades tem sua própria personalidade e visual. Esse detalhismo na animação também se aplica aos inimigos, que se movimentam pelos cenários de maneira muito fluída e natural (os mutantes pulam e se penduram em cada objeto do cenário e os soldados tem um ótimo senso de como se proteger de seus tiros).

Mas apesar dos pontos negativos, não se pode negar que na parte mais importante, que são as mecânicas de jogabilidade, o jogo é impecável. Atirar em Rage é muito bom, e em conjunto com as dezenas de itens que podem ser fabricados, o combate se torna muito diversificado e divertido.
Rage foi demasiadamente criticado em seu lançamento, muito mais do que deveria ter sido, pois apesar de ter defeitos, as qualidades dele fazem com que ele ainda valha muito a pena ser jogado.
Ace Combat Assault Horizon
O gênero de combate aéreo sempre se resumiu ao jogador atirar misseis teleguiados em pontinhos voadores bem distantes. Assault Horizon quis mudar isso trazendo o combate para muito mais perto do jogador e também adicionando outras mecânicas ao jogo.

O enredo é o esperado para esse tipo de jogo e, apesar de ter sido escrito por um ocidental, é contado com cenas e diálogos exagerados que só desenvolvedores japoneses conseguem fazer.
Assault Horizon é uma boa pedida para quem tem vontade de conhecer esse gênero.
Brütal Legend
Último projeto de grande porte de Tim Schafer e da equipe da Double Fine, Brütal Legend de 2009 foi um dos últimos exemplos à mostrar que jogos diferentes de todo o resto e com personalidade já não tem mais espaço entre as grandes produções feitas em escala industrial de hoje em dia.

Como todo jogo de Tim Schafer, o grande destaque aqui são os personagens, todos muito criativos e inspirados em cada um dos esteriótipos do mundo do Rock. Na tropa de Eddie Riggs (protagonista dublado por Jack Black, que era um roadie antes de ser sugado para esse mundo) há Headbanguers (que lutam dando cabeçadas nos inimigos) groopies, motoqueiros, dentre outros. Os grupos inimigos vão dos coloridos do glam rock aos monocromáticos góticos. E ainda tem espaço para a participação de famosos, como Ozzy e Lemmy. Essas figuras se juntam em um roteiro com ótimos diálogos mas que no geral é cheio dos clichés esperados nesse tipo de história.
Ao contrário do que muitos dizem, Brütal Legend é sim um jogo que se vale a pena conhecer. Só o fato de se poder andar no veículo de Riggs por esse mundo mega criativo e cheio de referências ao Rock que poucos vão entender (não entendi quase nenhuma) enquanto se escuta a grande seleção de música pesada claramente escolhida à dedo por alguém que realmente entende do assunto, faz com que o pouco que é pedido pela versão para PC do jogo já valha a pena.
Rage é excelente em quase tudo. o jogo é muito prazeroso de jogar.
ResponderExcluirO único que não joguei foi Ace Combat Assault Horizon. Aos demais concordo com tudo que disse. Excelente texto.
ResponderExcluirNo caso do tim schafer eu acho que é maldição, tipo todos os grandes projetos dele ( grim fandango, brutal legend, psychonauts) deram errado
ResponderExcluirbrutal legend é mt bom , pena q é pouco conhecido ...
ResponderExcluirEsse foi o post do ano (literalmente)!
ResponderExcluirEu gostei mais do Rage.
ResponderExcluir